Aeroporto de Miami, a voltar para casa em S. Paulo. Depois de dar formação em Tampa, na costa oeste da Flórida e de ter passado uns dias com um casal amigo no veleiro atracado em Miami.
Para passar as muitas horas de espera tomei o 2º pequeno-almoço e comprei uma revista. Cosmopolitan? De repente quase que me engasguei. ‘A Step-by-Step Guide to Finding the Female G-Spot. It's debatable whether the female G-spot even exists. Here's how to find it and stimulate it if it does.’
Como acontece em conversas com amigos, tínhamos estado a falar sobre amor e sexualidade. Tinha ficado intrigada: ‘A Isabel tem sorte. É uma mulher com vários pontos erógenos’.
Com 40 anos nesse ano de 2000, pensei que devia sair à Avó madeirense. Em 1975 a senhora seguia com muita atenção na televisão os novos programas dedicados às mulheres. “O que é orgasmo?” A tia Alzira explicou, a Avó desconhecia a palavra. “Ah basta que sim. E onde é que está o problema? Credo, porque gastam tanto tempo a falar sobre isso?”
Ainda hoje lembro o artigo da dita revista. Ah o dito ponto G só aparece quando a mulher está excitada. A descrição era tão detalhada, com um esquema tão claro, 2 cms dentro…. Imaginam eu ter ido a correr para a casa de banho no aeroporto, e ter feito a exploração? Pois encontrei o meu ponto G! Tive de puxar o autoclismo algumas vezes para abafar. Aquele artigo muito didático foi muito mais excitante que filmes pornográficos.
Aí fiquei a perceber por que razão o Mário quase me fazia desmaiar. Ele beijava muito bem o meu ponto G. Sempre a aprender.